quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Sobre corrupção!


 

MUITISSIMO ATUAL!!

Isso mostra que ou estamos muito atrasados ou a história sempre se repete ou os dois!

 

 

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando sua percepção com conhecimento de causa.

"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem nada produz; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens,mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência,mais do que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de nós; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar,que a sociedade em que você vive está condenada".



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Indústrias Nacionais saem do país e se tornam exportadoras

19/09/2011

 

 

Estamos favorecendo as indústrias de outros países e destruindo as nossas;

A indústria nacional está sendo penalizada por ser brasileira, a tributação excessiva, os juros elevados, concorrência desleal de produtos contrabandeados e falsificados, custo alto da mão de obra e valorização do real estão entre os principais fatores para reduzir ou encerrar as atividades no País e desenvolvê-las no exterior vendendo os produtos para o Brasil, ganhando dinheiro e criando desemprego.

As empresas brasileiras buscam no exterior, condições melhores; produzir na Argentina, no Uruguai ou no Paraguai custa por volta de 30% menos do no Brasil; em outros países consegue-se exportar com preços bem inferiores aos das empresas brasileiras devido aos benefícios fiscais oferecidos, e em alguns países os subsídios são muito favoráveis.

As principais causas desta mudança para outros países são:

1º) Carga excessiva de impostos nos produtos fabricados no Brasil, tais como: ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias) de 18% em São Paulo; IPI (Imposto de Produtos Industrializados) média de 10%; PIS (Programa de Integração Social) de 0,65% e 1,65%; COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) de 3% ou 7,6%; Imp. de Renda s/o Lucro, em média, dependendo do regime tributário da empresa, de 10% a 15%; INSS das empresas sobre a folha de pagamento dos empregados de 27,8%; FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) de 8% sobre a folha de pagamento dos empregados; toda essa carga tributária encarece em 50% aproximadamente, em todo produto consumido ou exportado, e cria dificuldade, pois os países não querem importar impostos e sim produtos.

2º) Legislação Trabalhista dificulta contratações e demissões, tais como; os gastos patronais com INSS, FGTS, Salário-Educação, Seguro de Acidentes do Trabalho e o Sistema "S", (SENAI, SESI, SESC, SEBRAE), representa cerca de 36% dos salários pagos aos trabalhadores. Os custos relacionados ao tempo não trabalhado (férias, 13º salário, aviso prévio), fazem as despesas de contratação de um funcionário ultrapassar 100% do salário nominal, contratação de aprendiz, multa de 40% do FGTS, legislação de gestantes, interferência dos sindicatos.

3º) Taxa de dólar baixo facilita as importações e prejudica as exportações.

4º) Altos custos de produção, tais como, preço da matéria prima nacional, devido às incidências mencionadas acima, incidências de horas extras e adicional noturno com altos acréscimos, alto custo da energia elétrica na produção, que tem 36% de ICMS, 7,14% de COFINS, 1,54% de PIS e 4,5% de COSIP, que totalizam um acréscimo de 49,42 no consumo que já é muito caro; custo de fretes dos transportes rodoviários e dos pedágios, pois o transporte ferroviário que é mais barato não teve investimento por interesses das fábricas de caminhões e falta de planejamento dos governantes.

Segundo a Abimaq, a Paquetá Calçados, transferiu a sua unidade produtiva do Rio Grande do Sul, para a República Dominicana. Os motivos alegados foram os de "manter a competitividade industrial e continuar crescendo, bem como manter a base de clientes importadores".

O grupo Vulcabrás/Azaléia confirmou o fechamento da unidade no Rio Grande do Sul, e anunciou planos de produzir na Índia.

Dados da Abimaq mostram que, antes, 6% das máquinas eram importadas e, hoje, são 20%, e o setor de autopeças, já está quase totalmente nas mãos das multinacionais.

Um estudo mostra que, em 2007, importou-se US$ 1,6 bilhão em máquinas da Europa, em 2010, saltou para US$ 6,8 bilhões. De 2005 a 2010, o déficit acumulado da balança comercial de máquinas e equipamentos soma US$ 45 bilhões.

Conforme informações da Abimaq, no primeiro semestre deste ano, os segmentos de alta e média alta tecnologia acumularam déficit comercial de R$ 38,6 bilhões, saldo que fica pior se somado aos R$ 11,2 bilhões em déficit acumulado pelos serviços (como aluguel de equipamentos) contratados pela indústria. Este déficit foi 33% maior que em igual período de 2010 e deve ultrapassar R$ 100 bilhões neste ano, segundo a Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec).

A desindustrialização no Brasil é isso; o desmonte da indústria, gerando desemprego, os fabricantes, quando não se mudam para outros países, tornam-se montadores ou importamos o produto pronto que é muito mais barato do que fabricar aqui no país.

No primeiro semestre, o saldo comercial brasileiro foi sustentado pelo superávit de R$ 31,5 bilhões registrado pelos exportadores de commodities, mas não dá mais para voltarmos ao agronegócio, os trabalhadores já migraram para os grandes centros.

A capacidade instalada pela indústria da transformação, que antes chegou a ficar próximo ao limite, mas, foi alterado pela concorrência com importados e pela desaceleração da demanda interna.

Trabalho da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que a redução do nível de capacidade de 14 segmentos, oito operavam em agosto com Nível de Utilização de Capacidade Instalada, abaixo de suas médias históricas.

A maior queda se deu nas indústrias de bens de consumo não duráveis, como a de alimentos; de bens intermediários, como aço; e semiduráveis. Neste último segmento estão os casos mais graves. A indústria têxtil operou com um Nível de Utilização de Capacidade Instalada de 82,7% em agosto, quase quatro pontos porcentuais abaixo de sua média histórica desde 2003 (86,4%). Já a indústria metalúrgica teve Nível de 85%, também quase quatro pontos porcentuais inferior à média histórica (88,9%).

Na metalurgia, os recuos mais intensos em uso de capacidade foram as de ferro, aço e metais não ferrosos, isso já afetando a produção de alguns segmentos. O Instituto Aço Brasil (IABr), alegando desaquecimento, estoques elevados e concorrência de importados, diminuiu em 8% a projeção de produção.

Estamos favorecendo as indústrias de outros países e destruindo as nossas; não vi no mundo, nenhum modelo econômico semelhante, somente no Brasil, talvez nossa equipe econômica pretenda lançar algo novo.

Fonte: Jornal o Estado de São Paulo e Valor Econômico, com informações da Abimaq

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Comportai-vos como Homens


Comportai-vos como Homens

09/09/2011 - 15:43 (Rádio do Moreno)

"Quem quiser ter um amigo em Washington, que trate de comprar um cachorro" desabafou Harry Truman, senador pelo pequeno estado do Missouri que se tornou Presidente dos EUA. Truman estava cansado das intrigas da capital.
As Cortes, hoje capitais, cidades que abrigam as sedes dos governos sempre foram – Shakespeare diz isso em suas obras – centro de intrigas, de calúnias, de brigas, de egos em que, muitas vezes, predomina a trama do mais pérfido e malicioso. Daí, que, se substituirmos Washington por Brasília...
No dia a dia de Brasília, desde os melhores salões da República, até a vida de pessoas que não transitam pelos corredores do poder, o lado negro do ser humano aparece em toda a sua nudez e brutalidade. Em sua sanha desesperada os desalmados acabam colocando na vala comum as pessoas que tentam levar a vida com dignidade e respeito. Não pensem que estou falando isso com o objetivo de defender corruptos com problemas com a justiça. Longe disso! Que estes vão para o inferno!
A reação aos corruptos em Brasília começou no Sete de Setembro quando a sociedade foi às ruas se queixar. Cansada das intrigas cotidianas provocadas pelos Iagos, destruidores de Othelos, manipuladores de inocentes úteis – o número de inocentes é impressionante – que agem assim para adquirir um brilho que não têm; um dinheiro que pertence ao povo; ou subir uma escada que não conhecem; às vezes para dar vazão aos seus instintos perversos; ou dar algum sentido as suas existências desprezíveis.
O sempre eterno Michel de Montaigne escreveu em seus Ensaios "Desempenhai bem e corretamente o papel de homem; onde não houver homens, procurai comportar-vos como um". Aonde vou, carrego comigo esse primor de sabedoria. Não é fácil ser um homem digno na Corte.
Digo a todos que me leem: "Nosso dever é compor nosso caráter... Nossa grande e gloriosa obra-prima é viver adequadamente" como disse o sábio francês, pois "A vida humana é, em qualquer lugar, condição em que muito há de ser tolerado e, pouco há de ser desfrutado".
Os tipos são diversos. Os piores são os dissimulados, muitas vezes alpinistas sociais, que se insinuam na vida dos homens de espírito com um objetivo traçado, o de usá-los como escada. E uma vez conseguido o objetivo, adeus! Para o homem de visão superior, esses tipos não os assustam, eles vão e vêm, são como insetos voando ao redor da luz, e se queimam quando se encostam demasiadamente nos postes, que apenas lhes dão um brilho momentâneo.
Vivemos tempos corruptos e, como diria Falstaff "Esses pobres tempos corruptos precisam de amparo". Algum amparo pode ser encontrado nas obras de alguns autores essenciais a nossa existência. Como os sábios que citei. Quem dá uma resposta merecida a esses indivíduos ambiciosos, que Shakespeare chamava de "Porta quebrada, que dá para ver através deles", é Miguel de Cervantes, que se vinga deles em Dom Quixote: "Acertei contas relativas a ofensas e insultos, corrigi injustiças, puni arrogância, derrotei gigantes e pisoteei monstros".
É assim que o homem de bem devem responder aos Sacos de Vento – seres corrompidos – que nos rodeiam todos os dias, porque no final: "A mente só descansa na solidez da verdade".
Quanto a mim, ainda continuo preferindo a companhia desses raríssimos homens e mulheres de bem, e não pretendo comprar um cachorro, muito embora eu tenha um!

Theófilo Silva é articulista colaborador da Rádio do Moreno.