terça-feira, 29 de setembro de 2009

Caças: Qual opinião que vale?

O queridinho da Embraer
Por Marcelo Onaga | 28/09/2009 - 20:40 - blog em primeiro lugar da EXAME

A preferência da Embraer pelos caças suecos Gripen, tão criticada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, não é nova. Há exatos dez anos, quando o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso abriu a concorrência para escolher o novo caça da Força Aérea Brasileira, a empresa produziu um relatório técnico a pedido da Aeronáutica apontando as qualidades e problemas dos concorrentes. O destaque foi o Gripen, que competia na época com os russos Mig e Sukhoi e com o francês Mirage 2000, da Dassault. Os americanos F-16 e F-18 eram carta fora do baralho porque o governo americano não permitia a transferência de tecnologia. Meses depois, a Embraer firmou uma sociedade com um consórcio formado pelas francesas Thales, Dassault e Snecma. Naquela ocasião, os concorrentes fecharam parcerias com empresas locais. Obviamente a escolhida da Dassault foi a Embraer. E a preferência da Embraer passou a ser os Mirage 2000.

O governo mudou, a concorrência foi adiada e agora, dez anos depois e já sem os franceses na sociedade, a Embraer volta a preferir os Gripen. Ao contrário do que pensa Jobim, um declarado defensor dos Rafale da Dassault, a Embraer tem motivos para opinar sobre qual caça ela prefere. Pelo que prevê o edital de concorrência, seja quem for o vencedor ele terá de firmar uma parceria com a Embraer para transferência de tecnologia. Não bastasse esse motivo, a Dassault é uma rival importante da Embraer no mercado mundial de aviação executiva. Hoje cambaleante, graças à crise mundial, a Dassault depende dos bilhões de dólares que o governo brasileiro pode pagar pelos Rafale para se reerguer. Colaborar com a recuperação da companhia francesa não vai ajudar os milhares de brasileiros que foram demitidos pela Embraer no início do ano a reaver seus empregos.

Já a Força Aérea Brasileira tem opiniões divididas. Os pilotos, que gostam de aviões possantes, grandes e bem-sucedidos em operações de combate preferem os F-18 da Boeing. Já o comando da Aeronáutica tem dito em conversas reservadas que prefere os Gripen. Os Rafale só encontram o apoio de Lula e Jobim. Mas talvez seja o deles que importa.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Amapá tem bolsa familia

Na coluna do Ancelmo Góis de hoje no jornal "O Globo" mostra o quanto o Bolsa Família é importante na CAPITAL do estado do Amapá...

Quem é mesmo o senador por esse estado que é aliado político do Lula e cujo estado de origem é o Maranhão?

Será que ele está usando o Bolsa Familia também para a "compra virtual de votos"?

A coluna indica dados da pesquisa da Pnad:
"A capital do Bolsa Família é Macapá, onde 3,1% da renda das pessoas vêm do programa, enquanto, digamos, a cidade do trabalho é Palmas, que tem 88,3% do dinheiro de seus moradores vindos da labuta diária."

Lula manda Dilma ir ao ataque

Blog Esquerda, direita da revista EXAME
Por Angela Pacheco Pimenta 22/09/2009 - 15:20

Diante da publicação da pesquisa CNI-Ibope de hoje - que indica o empate entre a ministra Dilma Rousseff, do PT, e Ciro Gomes, do PSB, ambos com 14% dos votos, e do governador paulista José Serra, do PSDB, na liderança, com 34% - a ordem do presidente Lula é acelerar a campanha de Dilma, com o intuito de torná-la um fato consumado.

Por isso, Lula deu carta branca para que Dilma e o marketeiro do PT, João Santana, trabalhem em duas frentes.

A primeira é afinar a mensagem da plataforma petista, cujo mote é a ideia do "Brasil, Quinta Potência", conforme antecipado por este blog.

A segunda frente é o "media training" da ministra, que deve encontrar-se mais com Santana, a fim de tornar-se mais palatável para o cidadão comum em frente às câmaras de TV.

Além disso, a ordem de Lula para o PT é começar o aquecimento dos 1,3 milhão de filiados do partido, sobretudo através da Internet, usando ferramentas como e-mails, blogs e redes sociais.

"Nosso objetivo é preparar a militância para a guerra do ano que vem", diz um grão-petista. "Não podemos deixar nenhuma notícia ou comentário negativo sobre a Dilma sem resposta".

Acredita-se no PT que parte da queda atual de Dilma nas pesquisas de opinião resulte das acusações da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira.

Lina, que chegou a depor no Congresso, insinuou que Dilma - que sempre negou o fato - tenha lhe pedido para aliviar um processo que a Receita move contra a família do senador José Sarney (PMDB/AP), aliado do governo.

Se o fato fosse noticiado hoje, a ordem no PT seria desconstruir imediatamente a imagem de Lina, tachando-a de mentirosa.

A estratégia do partido parte da crença de que as notícias publicadas por jornais e revistas acabam ganhando uma dimensão nacional por serem lidas nas rádios de todo o país.

De agora em diante, além de respondê-las na Internet, os petistas deverão rebater tais acusações, também ligando para as rádios e mandando cartas aos jornais.

Nos Estados Unidos, berço da Internet, essa tática, conhecida como "spin", que significa torcer, foi amplamente usada na campanha de Barack Obama.

Aliás, o marketeiro dele, Ben Self, que recentemente se encontrou com Dilma e Santana em Brasília, deve dar apenas uma consultoria informal à campanha.

Como se vê, hoje, nem Lula, nem Dilma ou o PT admitem a existência de um plano B, de uma candidatura alternativa para 2010. A ordem é partir para o ataque.
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COMENTARIO DO BLOGUEIRO NACIONALISTA:

Tivemos um presidente, JK, que respondeu a seguinte frase quando interrogado sobre a eleição para a escolha de seu sucessor: "O presidente da República é a pessoa menos indicada para dar opinião sobre candidatos. O candidato que o Brasil escolher será empossado. Já disse e repito que como presidente da República me manterei numa posição de absoluta imparcialidade. Serei um magistrado."

O que JK quiz dizer com isso?? Com certeza que o Poder Executivo (com todo o seu poder de realizar obras) deve-se manter fora do palanque e da disputa eleitoral, e JK foi um dos que mais obras fizeram, vide Brasilia.

Ainda na mesma matéria, quando indagado sobre a prorrogação de seu mandato presidencial, JK foi categórico: "Eu assumi compromissos com a Nação de que em primeiro de janeiro de 1961 passaria a faixa presidencial a meu sucessor no Palácio da Alvorada, quaisquer que sejam as circunstâncias. Estejam certos que o farei."

TEXTO EXTRAÍDO DO JORNAL "O GLOBO" , NA COLUNA "HÁ 50 ANOS" publicado na quarta-feira 25 de fevereiro de 2009.

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO:

Estas frases lidas por acaso nessa coluna do jornal me instigaram por muito tempo a escrever e mandar para todos os meus amigos... afinal, será que ninguém vê que é inescrupuloso e contra o serviço à Pátria que a máquina pública seja USADA para campanhas eleitorais e eleitoreiras???

Essas frases de JK, há 50 anos, nunca tiveram tanto sentido como agora. É um caráter patriota e de amor à Nação muito diferente do que vemos atualmente em todos os níveis (federal, estadual e municipal).

O presidente atual nunca deixará a marca de estadista que deixaram Vargas e JK, simplesmente por não se manter acima das vaidades e desejos partidários, por não se fixar nos interesses da Nação. Ao contrário, somente se fixou nos interesses partidários e mesquinhos da política e se deixou levar por incompetentes e egoístas. Infelizmente sua ideologia foi deixada de lado.

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Breve Resumo Econômico dos últimos governos

Este comentário foi colocado como um breve comentário no site do Kanitz quando este fez um resumo economico do governo de Luis Inácio. É a primeira postagem do site porque acredito que devo, como cidadão, expor minhas opiniões e tentar, de maneira mais isenta possível, ser justo e imparcial, dando razão quando houver razão e denunciando erros que não devem ocorrer na vida pública.
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Lula no primeiro governo teve a sabedoria e o bom-senso de manter a economia como antes estava, usando a receita de aperto da taxa de juros para sufocar a economia e controlar a inflação - mesmo regime implantado no governo anterior, o de metas de inflação (isso foi repetido repetidas vezes pelo "Pallocci", então ministro da fazenda). Teve ainda o bom senso de colocar profissionais respeitados (não-políticos) na indústria e comércio, banco central e agricultura. Esses 3 homens fortes foram os responsáveis por gerar as bases do crescimento ecco, os primeiros resultados vieram rápido na agricultura (agri-business) e ainda a divulgação dos produtos brasileiros no exterior (Furlan oferecia jantares, fazia viagens de negócios com executivos do Brasil, participava de tudo divulgando o Brasil).

Claro que Lula teve que criar cargos e ministérios -mesmo dúbios- para colocar políticos aliados (Cidades, pesca, desenv agrário etc) para não fazer nada. O segundo governo Lula já foi a festa política que permanece até hoje onde o maior exemplo, eu considero, a colocação do Lobão nas Minas e Energia (+/- 1 mes após sua posse disse que a Petrobras implantaria no seu estado a maior refinaria de todas 600mil bbd, a Premium I)- detalhe: é dito no Maranhão que o Lobão se atiraria na frente de uma bala para salvar Sarney, tal a sua lealdade ao ex-presidente.

Dá-se ao presidente FHC os louros do ajuste ecco e do compromisso com os gastos, inclusive com redução de pessoal e início da modernização dos serviços públicos.

Dá-se ao presidente Lula os louros de não ter atrapalhado.

Dá-se aos congressistas, ao Lula e ao PT a culpa pelo fatiamento dos cargos e leilão de posições que afastou os "profissionais de mercado" não-políticos dos cargos técnicos e que buscavam o crescimento ecco.
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